terça-feira, 16 de agosto de 2011

ANUAL


   Por trás da minha escolha de fotografia há uma interessante história, motivo que fez com que esta flor fosse captada em imagem.
   Há três anos, quando reparei pela primeira vez na planta, onde moro, fui chamado à atenção pelo contraste do vermelho intenso da única flor aberta com o verde que predominava em toda a vegetação. Duas cores apenas, verde e vermelho, vivas.
   Após alguns dias, voltando minha atenção novamente para a planta, a flor havia murchado, perdendo a coloração de antes. Só o verde existia agora, imponente.
   Um ano depois, no mesmo mês, julho, lá estava de volta no lugar de origem. Tão escarlate quanto no ano anterior, uma flor gêmea. No dia seguinte ela permanecia intacta, apenas mais inclinada por causa da força da chuva que caíra pela noite.
   Como esperado, dias depois, tinha murchado. E mais nenhuma flor surgira, nenhuma. Só a planta, com suas grandes folhas verdeadas.
   Ela reaparecera, como nas duas últimas vezes. Eu tinha me esquecido da flor, mas esse trabalho que escrevo me fez recordar. O dia estava ensolarado, o que intensificava o vermelho e o verde, o contraste que só acontecia ano a ano. Então tirei a foto, e a prendi para sempre no papel. 

Por Ebert Vieira.

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