terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Pensador


 
O Pensador é uma das esculturas mais conhecidas de Auguste Rodin. Ela foi criada pela primeira vez em 1880 como uma peça decorativa da Porta do Inferno,  baseada na Divina Comédia de Dante Alighieri, e tinha como nome inicial O Poeta. È sobre essa maravilhosa obra que gostaria de comentar.
Rodin é considerado o pai da escultura moderna e o maior escultor dos séculos XIX e XX. Entre suas características artísticas pode-se destacar a idéia do “No infinity” ou não terminado, uma vez que ele sempre deixava suas peças inacabadas, ressaltando que o tanto que fizera já era capaz de transmitir seus sentimentos mais profundos. Além disso, Rodin era um grande admirador da natureza: “Não existe receita para embelezar  natureza.Trata-se tão somente de vê-la”. Em “O Pensador”, ele realça também a noção de movimento, visto que segundo ele a melhor forma de entender a linguagem humana se dá analisando os gestos.    
Quando começou a esculpir essa peça, Rodin foi dando magníficas formas reais àquele ser. Ao término avistou um problema, que muito lhe interessou: De quem se tratava aquela escultura? . Misteriosamente ela apresentava pés e mão grandes, além de um corpo extremamente forte, porém com uma serena expressão facial. Esses aspectos eram incomuns nas demais esculturas de sua época, e como ele dizia: “Eu não invento nada, eu descubro”, tratou-se de identificá-la. Percebeu então, que ela representava um trabalhador, provavelmente agrícola, e que por isso possuía um corpo demasiadamente desenvolvido em relação aos corpos dos nobres (foco das esculturas). Decidiu a partir daí, que o povo (população submissa), deveria igualmente ter acesso as obras que a natureza proporciona.
Essa escultura muito me impressionou mesmo se tratando de uma recriação da real.  Com ela foi mais fácil entender como se dá a construção de uma peça, a qual é feita por partes, e também o quanto as formas humanas são interessantes transmissores de sentimentos.  

 O PENSADOR (RODIN)


Trabalho realizado por: Camila Teles Novais

Nenhum comentário:

Postar um comentário